A Pesquisa Fintech Deep Dive 2023, conduzida pela Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), em parceria com a PwC Brasil, fornece uma visão abrangente do cenário das fintechs brasileiras.
No atual contexto, as fintechs demonstram resiliência e foco na rentabilidade como estratégia para assegurar um crescimento financeiro sustentável. Diante de opções limitadas de financiamento e incertezas econômicas, elas precisam ser resilientes: o estudo destaca a adaptação da oferta de produtos a nichos de mercado, o aprimoramento de modelos de negócios para garantir fluxo constante de renda e a exploração de segmentos de clientes corporativos mais rentáveis.
Observa-se um crescimento do segmento B2B, considerado mais lucrativo, e uma maior atenção às pequenas e médias empresas (PMEs). Apesar dos desafios apresentados pelo cenário econômico e pela seletividade dos investidores, as fintechs buscam crescimento internacional. O estudo aponta para a maturidade do segmento, notadamente com a queda no percentual de empresas sem faturamento, o aumento das empresas atingindo o break-even point e o crescimento do número de empresas em fase de expansão ou consolidação.
Destaca-se a busca por aplicações de tecnologias como nuvem, open source, SaaS, infraestrutura serverless e análise de dados, com um crescente interesse na inteligência artificial (IA) para automação, análise avançada de dados e detecção de fraudes. O relatório também aponta o aumento do número de empresas atuando no segmento de criptoativos e o crescimento das fintechs desenvolvendo soluções relacionadas criptomoedas.
Quanto às expectativas para o futuro, as fintechs preveem a expansão das ofertas de crédito e empréstimos por meio do Open Finance, além de enxergarem oportunidades significativas no mercado B2B no setor de pagamentos. A pesquisa revela uma participação limitada em programas de aceleração e sandbox regulatório, assim como uma exploração ainda modesta de incentivos fiscais para inovação tecnológica. Em suma, a pesquisa reflete a dinâmica desafiadora do ambiente financeiro brasileiro, destacando as estratégias adotadas pelas fintechs para garantir sustentabilidade e crescimento em meio às condições econômicas e regulatórias.
Assim, ao analisarmos o panorama das Fintechs no Brasil, precisamos reconhecer os desafios que essas empresas enfrentarão nos próximos anos para competir com os incumbentes tradicionais, que também estão trilhando o caminho da transformação digital. Nesse cenário, as Fintechs brasileiras precisam inovar continuamente para manter sua relevância e conquistar a confiança dos usuários.
Na busca por diferenciação, a inteligência artificial (IA) surge como uma arma estratégica. Enquanto os bancos tradicionais ainda incorporam chatbots e assistentes virtuais em seus canais de atendimento, as Fintechs podem explorar a personalização avançada oferecida pela IA para aprovação de crédito, por exemplo.
Fazendo uma ponte com o post anterior, as Fintechs precisam ir além das tecnologias emergentes. Elas devem focar na criação de ecossistemas integrados e na colaboração com outras empresas, aproveitando a sinergia para oferecer soluções abrangentes. A chave para o sucesso reside na agilidade, na inovação constante, na compreensão profunda das necessidades do cliente no mercado brasileiro e no aproveitamento das oportunidades abertas pelas avenidas da IA, Blockchain e Open Finance.
A adaptação eficaz às mudanças tecnológicas e a oferta de experiências financeiras personalizadas são os pilares que diferenciam as Fintechs em um ambiente cada vez mais dinâmico e desafiador.
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